Comissão de utentes da A22 condena sabotagem mas fala em acto "desesperado"

A comissão de utentes da Via do Infante (A22) condenou hoje a sabotagem de que foi alvo um pórtico daquela autoestrada, mas considerou que este tipo de acções "advém do desespero das pessoas" face à introdução de portagens.
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"As pessoas estão indignadas e podem comportar-se de forma menos adequada", disse à Lusa João Vasconcelos, um dos membros da comissão, sublinhando que aquele movimento "tinha alertado para o risco" de ocorrência de "atitudes deste tipo".

Por outro lado, João Vasconcelos sublinhou que "as pessoas estão a corresponder" ao apelo de boicote formulado pela comissão, não utilizando a Via do Infante nas suas deslocações.

"Tínhamos proposto duas alternativas - ou passavam na Via do Infante sem pagar ou não utilizavam a via. As pessoas escolheram não utilizar e estão a utilizar a EN125 [estrada nacional], que está entupida em vários pontos, como é o caso da zona mais junto à fronteira", disse.

Entretanto, fonte das Estradas de Portugal disse à Lusa desconhecer ainda quando será reposto o funcionamento do pórtico de cobrança de portagens na Via do Infante, junto ao nó de Boliqueime, danificado cerca das 02:40 de hoje.

O incidente ocorreu quando algumas câmaras de leitura e de videovigilância instaladas no pórtico foram destruídas com recurso a arma de fogo.

Na mesma altura foram incendiadas várias cablagens de ligação entre o pórtico e um armário de armazenamento de material informático, incluindo os cabos que se encontravam dentro de duas grelhas de ventilação junto à entrada do armário.

O exterior do armário também foi alvo de fogo posto, mas desconhece-se se o seu interior ficou danificado.

As obras de reparação, que decorrem desde madrugada estão a cargo da empresa Via Livre, responsável pela instalação e manutenção dos pórticos.

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